O Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires comemorou, na tarde desta terça-feira (11), mais uma alta hospitalar de paciente transplantado. Dessa vez foi José Paulino, de 53 anos, que realizou o transplante de coração no dia 22 de abril, deste ano. Ele, que aguardou um ano na fila única de transplantes, agora volta para casa com um novo coração e pronto para viver uma nova vida.
Conforme a médica cardiologista clínica e coordenadora do ambulatório para transplante do Metropolitano, Tauanny Frazão, a alta do paciente foi muito esperada por toda equipe e considerou o caso de José Paulino como um verdadeiro milagre. “A história do Sr. José Paulino é um verdadeiro milagre. Ele, além da insuficiência cardíaca, tinha uma doença prévia no coração em que o coração não conseguia bater adequadamente, ainda foi acometido de um AVC, há dois anos. Então, ele teve muita dificuldade para a reabilitação desse AVC porque cansava aos mínimos esforços. Hoje temos o privilégio de dar a alta a esse paciente com um novo coração para viver realmente uma nova vida”, comemorou Tauanny.
Para Maria da Conceição, esposa do paciente, esta terça-feira será marcada como o grande dia, pois “há quatro anos que a gente batalha com o tratamento dele, depois aguardamos o transplante e agora ver meu esposo com vida, sabendo que vai retornar para casa e vamos cuidar do nosso filho me deixa muito emocionada”. Conceição também agradeceu a toda equipe multiprofissional da unidade hospitalar, que pertence à rede estadual de saúde e é gerenciada pela Fundação Paraibana de Gestão em Saúde (PB Saúde), por toda dedicação e cuidado, possibilitando a plena recuperação. Ela aproveitou também a oportunidade para reforçar o pedido às famílias a doarem órgãos. “Assim como a vida do meu esposo foi salva, outras vidas também podem ser. Doe órgãos, doe vida!”, apelou Maria da Conceição.
A cardiologista Roberta Barreto lembrou que a captação do coração doado para José Paulino aconteceu no Hospital Metropolitano, fazendo com que o transplante acontecesse simultaneamente, diminuindo o tempo de isquemia do órgão, contribuindo positivamente para a recuperação do paciente.
Segundo o cirurgião cardiovascular Maurílio Onofre, o momento é de bastante alegria “porque mais um paciente transplantado recebe alta e este paciente em particular tinha algumas comorbidades, ou seja, era um paciente grave, bem mais grave do que outros transplantados”. Maurílio enfatizou que a alta hospitalar em condição clínica muito boa deve-se à estrutura do Hospital Metropolitano, a toda a equipe muitiprofissional, não só de cirurgiões como de anestesista, perfusionista, equipe de clínicos, a equipe de enfermagem que participa de todo o processo. Ele ainda ressaltou a importância da Central de Transplante, que, neste ano, celebra uma marca histórica, em que dobraram o número de doações em comparação ao ano passado, no período de janeiro a maio.
Transplante no HM:O Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires é referência em cardiologia e neurologia e recebeu o credenciamento para realização do transplante cardíaco em junho de 2020. Desde então, foi implantado na unidade o Ambulatório de Transplante, para atendimento a pacientes candidatos ao procedimento. Além do transplante em adultos, o Metropolitano tornou-se o 5º hospital público do país habilitado para fazer transplante de coração pediátrico. Em 26 de março de 2022, a unidade hospitalar realizou o primeiro transplante cardíaco 100% SUS pela Paraíba. Já em 2023, foram realizados quatro transplantes cardíacos, enquanto que o mesmo quantitativo já foi feito no primeiro quadrimestre deste ano.
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