A Polícia Federal prende duas pessoas investigadas pelos crime de compra de votos e associação criminosa por tentar intimidar a delegada responsável pela operação que apreendeu R$ 500 mil em espécie e prendeu o empresário Renildo Lima, marido da deputada federal Helena da Asatur (MDB), na última semana. As novas prisões aconteceram no domingo (15) e nesta segunda-feira (16), em Boa Vista.
As investigações apontaram que os dois suspeitos são responsáveis por "ações coordenadas" para intimidar a autoridade pública. Eles haviam sido presos na operação passada, mas foram soltos sob medidas cautelares (entenda abaixo).
A Polícia Federal apresentou uma representação ao Poder Judiciário Eleitoral, que constatou a existência de indícios de crime de ameaça e obstrução de justiça. Com isso, a justiça revogou as medidas cautelares e decretou a prisão preventiva dos investigados, além de uma ação de busca e apreensão.
O empresário Renildo Lima e outras cinco pessoas, entre elas uma advogada e dois policiais militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) foram presos na última segunda-feira (9) com R$ 500 mil em espécie, após a PF receber uma denúncia sobre crime eleitoral em Boa Vista.
O empresário escondeu parte do dinheiro dentro da cueca. Em entrevista ao g1, o advogado dele afirmou que o dinheiro seria usado para comprar imóveis e que algumas notas foram colocadas na cueca porque não cabiam na bolsa levada ao banco.
Os seis suspeitos foram presos em flagrante logo após o saque no banco. Eles estavam divididos em dois carros, segundo a Polícia Federal.
Os policiais militares, que estavam de folga, faziam a segurança particular dos envolvidos e do dinheiro. A corregedoria da Polícia Militar de Roraima informou que acompanha o caso.
Na delegacia, todos os investigados foram autuados em flagrante pela PF pelos crimes de compra de votos e associação criminosa. Eles ganharam liberdade em audiência de custódia na 1º Zona Eleitoral.
O Ministério Público Eleitoral (MPE) chegou a pedir a prisão preventiva de Renildo ou que fosse aplicada fiança de R$ 60 mil, mas na audiência de custódia a Justiça não acatou.
No pedido de prisão preventiva, o MPE destacou a gravidade do caso por se tratar de um alto valor em espécie junto com anotações e materiais de campanha de candidatos, além de trocas de mensagens com candidatos de outras cidades, o que configuraria o crime eleitoral.
O grupo foi preso após a PF receber denúncia por meio do Disque-Denúncia Eleitoral, no número (95) 3621-4747, disponibilizado para o envio de informações relacionadas à prática de crimes eleitorais no pleito municipal de 2024 no estado de Roraima.
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