O hábito de ler enriquece o vocabulário e amplia o conhecimento das pessoas que mergulham nas páginas dos livros. No Centro de Acolhimento ao Autista (Teamarr), do Programa de Atendimento Comunitário da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), as crianças e adolescentes atendidos pela unidade tiveram a oportunidade de conhecer mais desse mundo por meio da atividade “Leituraflix”.
Durante três dias a garotada com idade entre 9 e 12 anos, dividida em grupos, realizou uma série atividades. A primeira tarefa era escolher um texto entre fábulas, poemas, rimas ou parlendas, dispostos em um painel semelhante ao um serviço de streaming. Em seguida, deveriam criar histórias usando como inspiração objetos apresentados pelas profissionais do Teamarr, como pincéis, bonecas, fones de ouvido, entre outros.
A programação faz parte de uma série de atividades desenvolvidas pelo Grupo de Habilidades Sociais e Emocionais, criado por profissionais que atuam no Teamarr. Iniciado em junho desde ano, o projeto já realizou passeios, sessões de cinema adaptadas; contação de histórias alusivas e interativas; plantação de horta no ‘Quintal Sensorial’, um dos ambientes de interação do Centro de Acolhimento.
Conforme a presidente do Programa de Atendimento Comunitário, deputada Angela Águida Portella (Progressistas), as atividades servem para despertar o sentimento de pertencimento nas pessoas atípicas.
“A LeituraFlix faz com que eles usem a criatividade e, acima de tudo, faz com que eles consigam se expressar um pouquinho mais por meio dessa interação dinâmica, o que também proporciona fortalecimento dos vínculos entre eles”, frisou.
De acordo com a psicopedagoga Ana Lídia Mendanha, uma das idealizadoras do grupo de habilidades, a ideia é trabalhar a comunicação em público e a resolução de problemas.
“Essas atividades são importantes para a vida real, fora da clínica. Então, trazer essa habilidade de comunicação e de expressão é muito válido. Aqui eles conseguem ter essa troca de experiências, de emoções, de leitura e de conhecimento, tanto acadêmico quanto emocional e social”, acrescentou.
Entre os participantes da dinâmica está Hiarlley Nascimento, de 13 anos. Ele relatou que gosta muito de ir ao Teamarr e que fez novos amigos. Quem celebrou essa mudança foi a mãe do adolescente, a servidora pública Sulami da Luz.
O menino, que recebeu o diagnóstico aos 9 anos, praticava judô no Centro de Convivência da Juventude (CCJuv) da ALE-RR, onde também recebia acompanhamento psicológico. Foi lá que os profissionais sugeriram a Sulami levar o filho ao Teamarr.
Ela relatou que, desde que o filho passou a ser atendido pelo Centro, há quatro meses, ele está mais comunicativo e interagindo mais com as pessoas, o que não era comum em seu dia a dia.
“Ele evoluiu muito. Antes, ele se expressava pouco e se isolava, mesmo se estivesse em um ambiente com outras crianças. Agora, ele está mais solto e consegue interagir. O Temarr mudou meu filho”, completou.
O Centro de Acolhimento ao Autista (Teamarr) funciona na Avenida Santos Dumont, nº 1193, bairro São Francisco, em Boa Vista, e atende crianças e adolescentes com serviços nas áreas de psicologia, nutrição, fisioterapia, enfermagem e assistência social.
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