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Justiça RORAIMA SEM ENERGIA

Roraima pode ficar sem energia com interdição de áreas de exploração de gás recomendada pelo MPF

Recomendação do MPF, baseada em relatos de presença de indígenas isolados na área, apesar da falta de comprovação definitiva pela Funa

27/11/2024 18h15
Por: Ribamar Rocha Fonte: Ribamar Rocha com informações do Fato Amazônico
Foto Divulgação Fato Amazônico
Foto Divulgação Fato Amazônico

A recomendação do Ministério Público Federal (MPF) para a interdição de áreas em Silves e Itapiranga, no Amazonas, onde se encontram empreendimentos de gás, representa uma grave ameaça à segurança energética de Roraima. A usina térmica Jaguatirica II, responsável por 70% da energia elétrica que abastece Roraima, depende do gás natural extraído dessas áreas. A interrupção da exploração, como recomendado pelo MPF, comprometeria drasticamente o fornecimento de energia em Roraima, que não está interligado ao Sistema Nacional.

A recomendação do MPF, baseada em relatos de presença de indígenas isolados, apesar da falta de comprovação definitiva pela Funai, coloca em risco o equilíbrio entre a preservação indígena e a segurança energética de Roraima, com potenciais consequências econômicas e sociais para o estado.

Pontos Críticos

Segurança Energética

A dependência de Roraima do gás natural de Silves para a usina Jaguatirica II é quase total (70% da energia).  Uma interrupção significaria apagões generalizados, afetando hospitais, empresas, economia, e a vida cotidiana de toda a população. A falta de interligação com o Sistema Nacional de Energia torna a situação ainda mais crítica, sem alternativas imediatas em caso de interrupção do fornecimento. Roraima não tem um plano B.

Impacto Econômico

Além da energia, a paralisação das atividades em Silves e Itapiranga afetaria diretamente a economia dessas cidades e, por consequência, Roraima.  A extração de gás e madeira gera empregos e receita, e sua interrupção causaria desemprego e queda na arrecadação de impostos, impactando os serviços públicos do estado do Amazonas.

Riscos Legais

A Funai tem um prazo curto (dez dias) para responder ao MPF. A falta de resposta ou uma resposta insatisfatória pode resultar em ações judiciais contra seus dirigentes, aumentando a pressão sobre o órgão e potencialmente atrasando qualquer outra solução.

Conflitos de Interesses

A falta de comunicação oficial às empresas envolvidas (Eneva e Mil Madeiras Preciosas) pode gerar conflitos e atrasar ainda mais a resolução do problema. A conciliação dos interesses empresariais com a proteção dos povos indígenas é crucial para encontrar uma solução sustentável.

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InfanteHá 5 dias CAMPINAS SPO atraso maldoso também via mpf.
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