Segunda, 02 de Dezembro de 2024 21:46
95 98113 6002
Dólar comercial R$ 6,06 -0.13%
Euro R$ 6,36 -0.18%
Peso Argentino R$ 0,01 -0.148%
Bitcoin R$ 614.270,59 -0.003%
Bovespa 125.235,54 pontos -0.34%
Economia ECONOMIA DE LULA

Dólar encerra novembro com alta de 3,8% a R$ 6; bolsa cai 3,12%

Divisa chegou a superar R$ 6,10 com ampliação do mau humor dos mercados ao anúncio do governo federal sobre reforma na tabela de tributação

29/11/2024 17h45
Por: Ribamar Rocha Fonte: CNN
Nota de 100 dólares • 17/12/2009 REUTERS/Sam Mircovich
Nota de 100 dólares • 17/12/2009 REUTERS/Sam Mircovich

O dólar encerrou esta sexta-feira (29) em alta, após operar com volatilidade no início da tarde, em meio à declarações dos presidentes do Legislativo sobre postergar os debates sobre mudanças no Imposto de Renda para 2025. As questões fiscais fizeram a moeda norte-americana avançar 3,8% no mês de novembro.

Ao longo do dia, o Ibovespa também inverteu o sinal e passou a operar no campo positivo.

A divisa fechou a sessão em alta de 0,17%, negociada a R$ 6,0012. Nas máximas do dia, o dólar passou da casa de R$ 6,10, com reação negativa dos mercados ao anúncio do governo em isentar o IR para salários até R$ 5 mil. A semana acumulou uma alta de 3,21%.

Na véspera, o dólar encerrou a R$ 5,99, o maior valor nominal da história.

O principal índice do mercado brasileiro, por sua vez, encerrou o pregão com alta de 0,85%, a 125.667,83 pontos. Em novembro, o Ibovespa acumulou um recuo de 3,12%.

Analistas também monitoram dados do desemprego no Brasil, que no trimestre encerrado em outubro bateu o menor patamar da história, e falas do futuro presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo.

Lira e Pacheco

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse nesta sexta-feira que projetos sobre a mudanças na tabela do IR só devem ser discutidos no ano que vem. Ele também declarou que a responsabilidade fiscal é “inegociável”.

“Qualquer outra iniciativa governamental que implique em renúncia de receitas será enfrentada apenas no ano que vem, e após análise cuidadosa e sobretudo realista de suas fontes de financiamento e efetivo impacto nas contas públicas. Uma coisa de cada vez. Responsabilidade fiscal é inegociável”, escreveu Lira na plataforma X.

Segundo Lira, é preciso discutir “uma coisa de cada vez” e a Câmara dará prioridade para o pacote de medidas de contenção de despesas.

Na mesma linha, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) afirmou à CNN que a questão da isenção do IR “não é para agora”.

“Essa questão da isenção do Imposto de Renda é uma outra questão apartada, que não é para agora, e que vai ser projetada com uma discussão futura. E que vai acontecer se, e somente se, nós tivermos condição, em termos fiscais, de poder implementá-la”, disse Pacheco.

Na quinta-feira (28), o presidente do Senado afirmou que a regulamentação da reforma tributária e as propostas do pacote de cortes de gastos públicos serão as prioridades de votação da Casa até o fim do ano.

Segundo o senador, as matérias devem ser votadas na Câmara e no Senado antes do recesso parlamentar, que começa em 22 de dezembro.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, detalhou nesta quinta-feira (28) as propostas do pacote fiscal e isenção do Imposto de Renda para salários até R$ 5 mil.

Segundo o ministro, a isenção deve ter impacto fiscal de R$ 35 bilhões – valor abaixo do previsto por analistas do mercado, que previam soma de ao menos R$ 45 bilhões.

Nenhum comentário
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
Ele1 - Criar site de notícias