Cuba enfrenta o maior apagão do ano, com cortes de energia em cerca de 53% do território. A crise foi agravada por uma falha na usina termelétrica Antonio Guiteras, informou a União Elétrica de Cuba (UNE).
A empresa estatal afirmou que a instalação “saiu de serviço inesperadamente”, aumentando o déficit energético no horário de maior consumo. Atualmente, as três maiores usinas do país estão inoperantes devido a manutenções ou avarias.
Nos últimos dias, algumas regiões da ilha tiveram apenas quatro horas diárias de fornecimento elétrico, enquanto outras enfrentaram cortes de até dez horas ou mais.
O colapso do sistema se deve a usinas obsoletas, que operam há décadas sem investimentos adequados, e à escassez de combustível, já que o regime comunista enfrenta dificuldades para importar insumos energéticos.
Segundo estimativas independentes, Cuba precisaria de até US$ 10 bilhões para reativar sua infraestrutura elétrica, um investimento fora do alcance do país e que levaria anos para ser concretizado.
A crise energética agrava a situação econômica precária da ilha, marcada por escassez de alimentos, medicamentos e combustíveis, além de uma inflação descontrolada.
O impacto tem levado milhares de cubanos a deixar o país: em 2023, ao menos 300 mil emigraram.
Em dezembro, Cuba sofreu um blecaute generalizado devido a uma falha na mesma usina de Antonio Guiteras, o terceiro em menos de dois meses. Situação semelhante ocorreu em novembro, após a passagem do furacão Rafael, e em outubro, quando uma pane na infraestrutura elétrica deixou a ilha sem luz por quatro dias.
Atualmente, o sistema elétrico cubano depende de oito usinas termelétricas ultrapassadas, geradores auxiliares e algumas usinas flutuantes alugadas de empresas turcas, que operam com combustível importado — outro recurso cada vez mais escasso no país.
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