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Ateliê em unidade prisional feminina transforma vidas por meio do artesanato

No Ateliê Mãos Livres, do Centro Prisional Feminino de Cariacica (CPFC), internas dedicam parte do tempo à confecção de artesanatos em tecido e cro...

14/05/2025 09h48
Por: Ribamar Rocha Fonte: Secom Espírito Santo
Foto: Reprodução/Secom Espírito Santo
Foto: Reprodução/Secom Espírito Santo

No Ateliê Mãos Livres, do Centro Prisional Feminino de Cariacica (CPFC), internas dedicam parte do tempo à confecção de artesanatos em tecido e crochê, que são voltados para doações a entidades sociais. Criado como espaço de ressocialização, internas aprendem no local novas habilidades e constroem um caminho de esperança para o futuro. 

Desde o início do projeto, criado há um ano, cerca de 3.700 peças foram produzidas e doadas a diversas instituições. De acordo com a diretora da unidade prisional, Patrícia Castro, o ateliê representa muito mais que uma ocupação para as internas que atuam no espaço.

“Cada ponto, cada peça produzida representa mais do que um trabalho artesanal. O valor terapêutico do artesanato é imensurável. Além de desenvolver habilidades manuais, o projeto promove autoestima, esperança e uma nova perspectiva de vida às participantes. Especialmente, porque as peças produzidas são doadas a entidades sociais, o que estimula também o senso de solidariedade”, disse.

Durante a Festa da Penha, internas do Ateliê Mãos Livres confeccionaram, em crochê, a imagem de Nossa Senhora da Penha, que foi entregue ao frei guardião do Convento da Penha. Além disso, mais de 900 bonecos em crochê e tecidos foram doados a entidades sociais que cuidam de crianças em vulnerabilidade social. Na lista estão naninhas, amigurumis e demais artesanatos lúdicos. As internas também produzem quadros decorativos com pintura em tecido, bem como bordados à mão em bastidor. 

A iniciativa conta com o trabalho da voluntária Rogéria de Aguiar Alvim, que ensina a técnica para confecção de amigurumis e demais peças em crochê. A interna Brenda trabalha no Ateliê desde o início do projeto e atua como multiplicadora do conhecimento para as demais detentas.

“Trabalhar no Ateliê é uma atividade terapêutica. Traz calma, acaba tirando a nossa mente lá de fora, da saudade da família, dos nossos filhos. Eu já fazia alguns artesanatos antes de ser presa, mas achava que meu trabalho não era bom e aqui o que fazemos tem reconhecimento, tem valor, porque colocamos amor no projeto”, afirmou Brenda.

A interna Mayara conta que aprendeu a fazer os artesanatos na unidade prisional. “Eu não tinha experiência na área. Aprendi a costurar e a fazer peças em crochê aqui na unidade prisional. Conseguimos passar o tempo produzindo coisas muito legais.  É uma atividade gratificante, porque o que produzimos vira doação para muitas pessoas. Isso é uma forma de levar carinho e conforto a quem precisa”, destacou Mayara.

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