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Geral CHEIA DOS RIOS

Comunidades de Uiramutã estão isoladas pelas cheias

Rio Cotingo, por exemplo, está a 40 centímetros acima da cota de inundação. Na cidade da fronteira com a Guiana, água já invade casas, roças e a danifica estradas

17/06/2025 17h26
Por: Ribamar Rocha Fonte: Lucas Luckezie - Folha Web
Comunidade às margens de rio em Uiramutã (Foto: Divulgação)
Comunidade às margens de rio em Uiramutã (Foto: Divulgação)

A cheia dos rios Cotingo e Maú já isola ao menos 50 comunidades indígenas de Uiramutã (RR), cidade da fronteira do Brasil com a Guiana. A informação é do coordenador da Defesa Civil municipal, Julimar Sena.

Nesta terça-feira (17), o nível do Cotingo chegou a 4,32m de altura, acima dos 3,92m – que representa a cota de inundação. O Maú, por sua vez, já está em 10,94m. As informações são da Femarh (Fundação Estadual do Meio Ambiente).

Sena explicou que chove diariamente na região, principalmente na cabeceira dos principais cursos d´água da cidade – situada nos montes Roraima e Caburaí.

De acordo com o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), choveu em torno de 40 milímetros nos últimos cinco dias. O instituto ainda prevê, até sábado (21), muitas nuvens com pancadas de chuva para a cidade.

Chuvas danificam estradas em Uiramutã (Foto: Divulgação)

No Município, a água já invade casas, roças e danifica estradas na zona rural da cidade. Entre elas, a vicinal do Água Fria, a região que concentra o maior número de comunidades do Município, e o trecho conhecido como “Subida dos Mudos” da rodovia estadual RR-171.

Cratera é aberta na RR- 171
Cratera está aberta na RR-171 desde o último domingo (Foto: Reprodução)

Na comunidade Água Fria, caminhões fazem a baldeação de cargas para comerciantes, porque a água invadiu a pista.

“Além do frete do caminhão, preciso pagar outros veículos para fazer o baldeamento da carga. É um descaso”, relatou a comerciante Francisdalva Ramos.

Julimar Sena, que ainda não consegue calcular exatamente o total dos estragos da cheia, ao menos já descartou óbitos por conta da situação. “Mas estamos alertas pra que, caso aconteça, acionemos o Estado pra fazer uma ação”, destacou.

O coordenador da Defesa Civil disse, então, que o órgão foca os esforços em enviar informações à população para protegê-la das cheias. Ele exemplificou o caso da região do Água Fria.

“Quem vai pra região do Água Fria, por exemplo, que não vá de caminhão. Procure evitar a estrada, tome cuidado pra não causar acidente. E onde está rompido, nós fazemos o isolamento da área”, destacou.

O secretário municipal de Obras, Silvano Alves, adiantou que acessos a comunidades como Mutum, Flexal, Tamanduá e à sede da cidade, além da vicinal Caracaranã têm previsão de reparos por parte da Prefeitura de Uiramutã.

“Estamos com uma máquina e uma caçamba. Agora a situação dos rios só dá passagem quando baixam”, declarou.

Governo

Folha também procurou o Governo de Roraima para saber as medidas para socorrer Uiramutã e aguarda retorno.

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JOELDO COSTA FEITOSAHá 4 semanas Boa VistaMais de 400 km de estrada uma máquina e uma caçamba nao daconta secretario O comunidade Mutum a décadas não ver reparo, Feito pelo hj governtes.
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