Ducati Diavel V4 faz 18 km/l, com motor de 1.158cc e 168 cavalos

A Ducati Diavel V4 2024, eleita a “moto mais bonita do mundo” em 2024, chegou ao mercado brasileiro com mudanças profundas em relação à sua geração anterior. A nova versão da muscle cruiser italiana abandonou o motor de dois cilindros em favor de um potente V4, ficou mais leve, mais tecnológica e com um design ainda mais agressivo.

O nome “Diavel” é inspirado na palavra “diabo” no dialeto de Bolonha, cidade natal da Ducati, e a quarta geração do modelo faz jus ao nome com um desempenho impressionante, prometendo uma aceleração de 0 a 100 km/h em menos de 3 segundos. A seguir, detalhamos tudo sobre este modelo.

O que mudou na nova Ducati Diavel V4 2024?

A Ducati Diavel V4 2024 foi completamente redesenhada. A moto perdeu o tradicional chassi em treliça, que foi substituído por uma estrutura mais moderna e leve, onde o próprio motor faz parte do conjunto. No total, a moto ficou 13 kg mais leve que a versão anterior, com um peso seco de 223 kg.

O design ficou mais robusto, com novas entradas de ar na dianteira e um conjunto de iluminação full LED renovado. O destaque é a lanterna traseira, que trocou os antigos filetes de luz por um conjunto em formato de colmeia. O escapamento com quatro saídas e as novas rodas de liga leve de cinco raios complementam o visual. A capacidade do tanque de gasolina também aumentou, passando de 17 para 20 litros.

O coração da moto: o motor V4 Granturismo de 168 cavalos

A principal mudança da Ducati Diavel V4 2024 está no motor. O antigo propulsor de dois cilindros deu lugar a um V4 Granturismo de 1.158 cm³. Apesar da cilindrada menor em relação à antecessora (1260cc), o novo motor é mais leve e mais potente, gerando 168 cavalos de potência a 10.750 rpm e 12,8 kgf.m de torque.

Uma das tecnologias mais interessantes do novo motor é o sistema que desliga dois dos quatro cilindros em baixas rotações. Isso acontece de forma automática na cidade, por exemplo, para reduzir o consumo de combustível e o calor gerado pelo motor, aumentando o conforto do piloto no trânsito. Quando o piloto acelera, os quatro cilindros voltam a funcionar para entregar toda a potência.

Tecnologia e ciclística: painel TFT, freios Brembo e mais

A Ducati Diavel V4 2024 vem com um pacote tecnológico de ponta. O painel é uma tela TFT colorida de 5 polegadas com conectividade para celular, que permite usar um sistema de navegação curva a curva. A moto oferece quatro modos de pilotagem (Sport, Touring, Urban e Wet), controle de tração, controle de largada e piloto automático.

A ciclística também foi aprimorada. A suspensão dianteira é um garfo invertido de 50 mm de diâmetro, totalmente ajustável. Na traseira, o monoamortecedor teve seu curso aumentado em 15 mm, chegando a 145 mm. O sistema de freios foi atualizado para o que há de melhor no mercado, com pinças Brembo Stylema e discos duplos de 330 mm na dianteira.

Desempenho na cidade e na estrada

Em testes de pilotagem, a Ducati Diavel V4 2024 se mostrou surpreendentemente dócil na cidade. A entrega de potência em baixas rotações é suave, o que a torna mais fácil de controlar no trânsito do que a geração anterior. O principal desafio no uso urbano é o guidão largo, que exige atenção no corredor.

Na estrada, a moto revela sua verdadeira vocação. O motor V4 entrega fôlego de sobra, com acelerações fortes e retomadas vigorosas. A posição de pilotagem, com o novo guidão 20 mm mais próximo do piloto, é confortável e permite longas viagens sem cansar.

Preço, consumo e os pontos positivos e negativos

A Ducati Diavel V4 2024 foi lançada no Brasil com preço público sugerido a partir de R$ 139.990, mais frete. Em relação ao consumo, os testes indicaram uma média de 18 km/l na cidade e 10 km/l na estrada, em uma tocada mais esportiva.

Pontos Positivos: O design e o acabamento são destaques. A tecnologia embarcada é completa, o motor V4 é empolgante e os freios Brembo são extremamente eficientes. A suspensão ajustável e o painel TFT também somam pontos.

Pontos Negativos: A falta de uma tomada 12V ou USB é uma falha em uma moto moderna. A rede de concessionárias da Ducati no Brasil ainda é limitada, e o custo de manutenção é elevado, exigindo gasolina premium.